No dia 22/08/10 foi realizada uma viagem promovida pela equipe de História e Geografia a cidade de Pirapora-MG, que contou com a participação de alunos e funcinários do CESEC de Montes Claros.
Essa viagem faz parte do projeto Conhecendo Nossas Gerais que tem como finalidade aproximar e confrontar os alunos do CESEC com situações e realidades variadas que possibilitem uma visão mais abrangente dos elementos sociais e geográficos e que reconheça a identidade do Estado de Minas Gerais.
Fizemos um passeio no vapor Benjamin Guimarães em Pirapora e depois visitamos a Igreja de Pedra de Bom Jesus do Matozinho, em Barra de Guaicuí, município de Vargem da Palma, onde procuramos de forma lúdica alcançar os nossos objetivos que era levar o aluno a perceber os aspectos históricos e geográfico da região.
PROJETO CONHECENDO NOSSAS GERAIS- PIRAPORA - 2010
ÁREAS RESPONSÁVEIS: História e Geografia
DATA : 22/08/2010
LOCAL A SER VISITADO: Pirapora MG e Barra do Guaicui- MG
JUSTIFICATIVA
O projeto que ora apresentamos, busca aproximar e confrontar os alunos do CESEC com situações e realidades variadas que possibilitem uma visão mais abrangente dos elementos históricos, econômicos, sociais, culturais e geográficos, que reconheça a identidade do Estado de Minas Gerais.
OBJETIVO GERAL
Perceber e refletir sobre os aspectos históricos e geográficos de Pirapora e Barra do Guacuí e peculiaridades do vapor Benjamin Guimarães, do rio são Francisco e da Igreja de Pedra de Bom Jesus do Matozinho, localizada no distrito de Barra de Guacuí, buscando formar sujeitos conscientes, capazes de entender os aspectos observados como conhecimento, experiência e prática de cidadania.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Analisar a interferência do homem na modificação do espaço físico, no ambiente e os fatores que interferem na qualidade de vida das pessoas.
META
Desenvolver ações 100% voltada para a compreensão do significado da história do vapor Benjamin Guimarães e da igreja de Pedra de Bom Jesus do Matozinho e interferência do homem na modificação do espaço no rio São Francisco.
COMPETE AS EQUIPES DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA
* Organização geral da excursão;
* presentar e discutir o projeto com à equipe pedagógica;
* definir o dia e tempo da excursão;
* incentivar alunos e funcionários a se envolverem como o projeto;
*organizar lista de participantes;
*divulgar as decisões tomadas a respeito do projeto.
PROPOSTA DE TRABALHO
Pretendemos promover a interação de caráter pedagógico e socializador de forma lúdica, através de passeio no vapor Bejamin Guimarães, navegando pelo rio São Francisco e da visita à igreja de Pedra de Bom Jesus do Matozinho, no município de Barra de Guaicuí.
TEMAS QUE SERÃO TRABALHADOS
Presevação ambiental (poluição do rio);
Atividade econômica (turismo e pesca);
Vegetação, hidrográfia e clima;
História e estilo de época ( vapor e igreja)
Desenvolver atividades envolvendo os temas acima citados.
PIRAPORA
Seu nome tem origem indígena, os índios Cariris, que habitou as margens do Rio São Francisco onde fica a cidade, e significa "Salto do Peixe". Isso se deve ao fato de, no período da piracema, período de reprodução dos peixes, eles saltarem para vencer as corredeiras do rio à procura de locais calmos para a desova.
O município teve, há algumas décadas, uma importante função como centro econômico e entroncamento de transporte intermodal da região norte e noroeste do estado. Com a perda do seu antigo aeroporto e de suas linhas aéreas regulares, da estação ferroviária e do trem diário para a capital do estado e da navegação pelo Rio São Francisco, com barcos para Juazeiro, no estado da Bahia e Petrolina, em Pernambuco, perdeu a maior parte dessa função, atualmente preenchida, principalmente, pela cidade de Montes Claros.
Sua praia apresenta águas cristalinas de junho a outubro. Possui porto fluvial e agora volta a possuir o Vapor para passeios e viagens turísticas. Sua população é de pouco mais de 52 mil habitantes. Possui comércio movimentado, 05 agências bancárias. A indústria têxtil e metalurgia são as principais empregadoras de mão-de-obra fabril.
VAPOR BENJAMIM GUIMARÃES
Construído em 1913, nos EUA, pela empresa James Rees & Com., o Vapor Benjamim Guimarães navegou no rio Mississipi e, posteriormente, em rios da Bacia Amazônica. Na segunda metade da década de 20, a firma Júlio Guimarães adquiriu a embarcação e a montou no porto de Pirapora, recebendo o nome de "Benjamim Guimarães", uma homenagem ao patriarca da família proprietária da firma. A partir de então o vapor passou a realizar contínuas viagens ao longo do Rio São Francisco e em alguns dos seus afluentes.
No início dos anos 80, com a decadência da navegação no São Francisco, o vapor passou a ser utilizado em passeios turísticos e as viagens tornaram-se cada vez menos freqüentes. Em 1o de agosto de 1985, dado seu valor histórico-cultural, o Benjamim é tombado pelo IEPHA - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico. No mesmo ano, já bastante deteriorado pela ação do tempo, recebe sua primeira reforma. Após concluída a restauração, o vapor volta a navegar oficialmente em 24 de outubro de 1986, data marcada por uma cerimônia com a presença do então Ministro dos Transportes José Reinaldo Tavares.
O Benjamim Guimarães possui três pisos: no primeiro, encontra-se a casa de máquinas, caldeira, banheiros e uma área para abrigar passageiros. No segundo, estão instalados 14 camarotes e no terceiro, um bar e área coberta. O Benjamim Guimarães é o último exemplar movido a lenha existente no mundo. Tem capacidade para 140 pessoas, entre tripulantes e passageiros e consome 01 m³ de lenha por hora. De acordo com as normas de segurança da Marinha, nas atuais condições em que se encontra, o Vapor está autorizado a navegar na chamada área 01: rio, lago e correnteza que não tenham ondas ou ventos fortes.
Hoje, o Benjamim Guimarães faz rotineiramente passeios públicos aos domingos, a partir das 9 horas, sempre lotado de turistas, principalmente. Passeios esporádicos são feitos também aos sábados e durante os dias da semana, conforme contratos de aluguel que são feitos com empresas e agências de viagens, tornando-se um dos principais atrativos turísticos de toda a região do Norte de Minas.
ACERVO HISTÓRICO –CULTURAL DA BARRA DO GUAICUÍ
Pertencendo ao Município de Várzea da Palma, o Distrito de Barra do Guaicuí – distante a 23 km de Pirapora, BR 365, sentido Montes Claros – possui, além da beleza natural, um riquíssimo patrimônio histórico e cultural.
A história da Barra é recheada de acontecimentos que remetem ao século XVII, quando o local foi povoado por índios Cariris, emigrados de Santana do Cariri, no Ceará, que chegaram à região, segundo os historiadores, provavelmente em busca de caça e pesca abundantes. A posição geográfica do Distrito do Guaicuí confere importância turística e ecológica a este fascinante pedaço de sertão mineiro. Ali ocorre o encontro das águas do rio das Velhas - significado de Guaicuí em tupi-guarani - com o rio São Francisco. Um encontro que gerou muitas histórias e lendas.
A historiografia oficial não preenche determinadas lacunas sobre o pioneirismo da ocupação do local. Pode ter sido primeiramente ocupado pela Bandeira de Fernão Dias, chefiada por Manuel de Borba Gato, que teria descido o rio das Velhas desde o território onde hoje está situada a cidade histórica de Sabará - na região metropolitana de Belo Horizonte. A primazia da ocupação também é atribuída aos grandes fazendeiros baianos, que empurrando o gado pelo rio acima, teriam atingido a região, antes da chegada dos bandeirantes. A tradição, no entanto, não tem dúvidas ao sugerir a presença de padres jesuítas no local, nos séculos XVII e XVIII, época em que teriam construído históricas edificações que hoje se encontram em ruínas nesta área.
O acervo histórico e arquitetônico da região de Guaicuí abriga importantes edificações, como as ruínas da Igreja de Pedra - na Barra, e da Igreja Nossa Senhora de Bom Sucesso - em Porteiras, além da Igreja Senhor Bom Jesus do Matozinhos e um rico acervo de imagens sacras - esculturas, que integram o Patrimônio Histórico de Várzea da Palma e remontam o período colonial.
As ruínas da Igreja de Pedra – Igreja Bom Jesus de Matozinhos – é uma atração à parte. Construída pelos escravos no século XVII, entre os anos de 1650 e 1679, às margens do rio das Velhas, tem estilo colonial e foi edificada com pedras e argamassa de cal. A construção, no entanto, nunca foi finalizada. A capela-mor foi construída primeiro, enquanto que a nave nunca chegou a receber cobertura. Um fato curioso, que chama a atenção dos turistas pela sua peculiaridade, é a existência de uma enorme gameleira que nasceu sobre as paredes há mais de 30 anos. A copa da árvore cresceu e hoje sobressai das ruínas, enquanto suas raízes desceram pela parede e penetraram no solo. Essa parede, mistura de pedras e raízes, permanece inteira sustentando a árvore. De um lado, a pedra, do outro, a força da vida edificando o monumento. A obra do homem e a natureza abraçaram-se para sobreviver ao desgaste do tempo.
No século XVIII, com as constantes enchentes e febres palúdicas em Guaicuí, a Igreja de Bom Jesus de Matozinhos ficou abandonada. Os moradores procuraram um local mais alto para fixar residência e foram para o vizinho povoado de Porteiras, onde construíram a Igreja de Nossa Senhora de Bom Sucesso, que teve sua opulência até o início do Século XX, quando suas paredes e telhados desabaram. Em 1906, já havia uma vila de pescadores em Guaicuí, onde se deu início a construção da “nova Igreja” Senhor Bom Jesus de Matozinhos, atualmente mantida pela comunidade local.
Essa viagem faz parte do projeto Conhecendo Nossas Gerais que tem como finalidade aproximar e confrontar os alunos do CESEC com situações e realidades variadas que possibilitem uma visão mais abrangente dos elementos sociais e geográficos e que reconheça a identidade do Estado de Minas Gerais.
Fizemos um passeio no vapor Benjamin Guimarães em Pirapora e depois visitamos a Igreja de Pedra de Bom Jesus do Matozinho, em Barra de Guaicuí, município de Vargem da Palma, onde procuramos de forma lúdica alcançar os nossos objetivos que era levar o aluno a perceber os aspectos históricos e geográfico da região.
PROJETO CONHECENDO NOSSAS GERAIS- PIRAPORA - 2010
ÁREAS RESPONSÁVEIS: História e Geografia
DATA : 22/08/2010
LOCAL A SER VISITADO: Pirapora MG e Barra do Guaicui- MG
JUSTIFICATIVA
O projeto que ora apresentamos, busca aproximar e confrontar os alunos do CESEC com situações e realidades variadas que possibilitem uma visão mais abrangente dos elementos históricos, econômicos, sociais, culturais e geográficos, que reconheça a identidade do Estado de Minas Gerais.
OBJETIVO GERAL
Perceber e refletir sobre os aspectos históricos e geográficos de Pirapora e Barra do Guacuí e peculiaridades do vapor Benjamin Guimarães, do rio são Francisco e da Igreja de Pedra de Bom Jesus do Matozinho, localizada no distrito de Barra de Guacuí, buscando formar sujeitos conscientes, capazes de entender os aspectos observados como conhecimento, experiência e prática de cidadania.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Analisar a interferência do homem na modificação do espaço físico, no ambiente e os fatores que interferem na qualidade de vida das pessoas.
META
Desenvolver ações 100% voltada para a compreensão do significado da história do vapor Benjamin Guimarães e da igreja de Pedra de Bom Jesus do Matozinho e interferência do homem na modificação do espaço no rio São Francisco.
COMPETE AS EQUIPES DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA
* Organização geral da excursão;
* presentar e discutir o projeto com à equipe pedagógica;
* definir o dia e tempo da excursão;
* incentivar alunos e funcionários a se envolverem como o projeto;
*organizar lista de participantes;
*divulgar as decisões tomadas a respeito do projeto.
PROPOSTA DE TRABALHO
Pretendemos promover a interação de caráter pedagógico e socializador de forma lúdica, através de passeio no vapor Bejamin Guimarães, navegando pelo rio São Francisco e da visita à igreja de Pedra de Bom Jesus do Matozinho, no município de Barra de Guaicuí.
TEMAS QUE SERÃO TRABALHADOS
Presevação ambiental (poluição do rio);
Atividade econômica (turismo e pesca);
Vegetação, hidrográfia e clima;
História e estilo de época ( vapor e igreja)
Desenvolver atividades envolvendo os temas acima citados.
PIRAPORA
Seu nome tem origem indígena, os índios Cariris, que habitou as margens do Rio São Francisco onde fica a cidade, e significa "Salto do Peixe". Isso se deve ao fato de, no período da piracema, período de reprodução dos peixes, eles saltarem para vencer as corredeiras do rio à procura de locais calmos para a desova.
O município teve, há algumas décadas, uma importante função como centro econômico e entroncamento de transporte intermodal da região norte e noroeste do estado. Com a perda do seu antigo aeroporto e de suas linhas aéreas regulares, da estação ferroviária e do trem diário para a capital do estado e da navegação pelo Rio São Francisco, com barcos para Juazeiro, no estado da Bahia e Petrolina, em Pernambuco, perdeu a maior parte dessa função, atualmente preenchida, principalmente, pela cidade de Montes Claros.
Sua praia apresenta águas cristalinas de junho a outubro. Possui porto fluvial e agora volta a possuir o Vapor para passeios e viagens turísticas. Sua população é de pouco mais de 52 mil habitantes. Possui comércio movimentado, 05 agências bancárias. A indústria têxtil e metalurgia são as principais empregadoras de mão-de-obra fabril.
VAPOR BENJAMIM GUIMARÃES
Construído em 1913, nos EUA, pela empresa James Rees & Com., o Vapor Benjamim Guimarães navegou no rio Mississipi e, posteriormente, em rios da Bacia Amazônica. Na segunda metade da década de 20, a firma Júlio Guimarães adquiriu a embarcação e a montou no porto de Pirapora, recebendo o nome de "Benjamim Guimarães", uma homenagem ao patriarca da família proprietária da firma. A partir de então o vapor passou a realizar contínuas viagens ao longo do Rio São Francisco e em alguns dos seus afluentes.
No início dos anos 80, com a decadência da navegação no São Francisco, o vapor passou a ser utilizado em passeios turísticos e as viagens tornaram-se cada vez menos freqüentes. Em 1o de agosto de 1985, dado seu valor histórico-cultural, o Benjamim é tombado pelo IEPHA - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico. No mesmo ano, já bastante deteriorado pela ação do tempo, recebe sua primeira reforma. Após concluída a restauração, o vapor volta a navegar oficialmente em 24 de outubro de 1986, data marcada por uma cerimônia com a presença do então Ministro dos Transportes José Reinaldo Tavares.
O Benjamim Guimarães possui três pisos: no primeiro, encontra-se a casa de máquinas, caldeira, banheiros e uma área para abrigar passageiros. No segundo, estão instalados 14 camarotes e no terceiro, um bar e área coberta. O Benjamim Guimarães é o último exemplar movido a lenha existente no mundo. Tem capacidade para 140 pessoas, entre tripulantes e passageiros e consome 01 m³ de lenha por hora. De acordo com as normas de segurança da Marinha, nas atuais condições em que se encontra, o Vapor está autorizado a navegar na chamada área 01: rio, lago e correnteza que não tenham ondas ou ventos fortes.
Hoje, o Benjamim Guimarães faz rotineiramente passeios públicos aos domingos, a partir das 9 horas, sempre lotado de turistas, principalmente. Passeios esporádicos são feitos também aos sábados e durante os dias da semana, conforme contratos de aluguel que são feitos com empresas e agências de viagens, tornando-se um dos principais atrativos turísticos de toda a região do Norte de Minas.
ACERVO HISTÓRICO –CULTURAL DA BARRA DO GUAICUÍ
Pertencendo ao Município de Várzea da Palma, o Distrito de Barra do Guaicuí – distante a 23 km de Pirapora, BR 365, sentido Montes Claros – possui, além da beleza natural, um riquíssimo patrimônio histórico e cultural.
A história da Barra é recheada de acontecimentos que remetem ao século XVII, quando o local foi povoado por índios Cariris, emigrados de Santana do Cariri, no Ceará, que chegaram à região, segundo os historiadores, provavelmente em busca de caça e pesca abundantes. A posição geográfica do Distrito do Guaicuí confere importância turística e ecológica a este fascinante pedaço de sertão mineiro. Ali ocorre o encontro das águas do rio das Velhas - significado de Guaicuí em tupi-guarani - com o rio São Francisco. Um encontro que gerou muitas histórias e lendas.
A historiografia oficial não preenche determinadas lacunas sobre o pioneirismo da ocupação do local. Pode ter sido primeiramente ocupado pela Bandeira de Fernão Dias, chefiada por Manuel de Borba Gato, que teria descido o rio das Velhas desde o território onde hoje está situada a cidade histórica de Sabará - na região metropolitana de Belo Horizonte. A primazia da ocupação também é atribuída aos grandes fazendeiros baianos, que empurrando o gado pelo rio acima, teriam atingido a região, antes da chegada dos bandeirantes. A tradição, no entanto, não tem dúvidas ao sugerir a presença de padres jesuítas no local, nos séculos XVII e XVIII, época em que teriam construído históricas edificações que hoje se encontram em ruínas nesta área.
O acervo histórico e arquitetônico da região de Guaicuí abriga importantes edificações, como as ruínas da Igreja de Pedra - na Barra, e da Igreja Nossa Senhora de Bom Sucesso - em Porteiras, além da Igreja Senhor Bom Jesus do Matozinhos e um rico acervo de imagens sacras - esculturas, que integram o Patrimônio Histórico de Várzea da Palma e remontam o período colonial.
As ruínas da Igreja de Pedra – Igreja Bom Jesus de Matozinhos – é uma atração à parte. Construída pelos escravos no século XVII, entre os anos de 1650 e 1679, às margens do rio das Velhas, tem estilo colonial e foi edificada com pedras e argamassa de cal. A construção, no entanto, nunca foi finalizada. A capela-mor foi construída primeiro, enquanto que a nave nunca chegou a receber cobertura. Um fato curioso, que chama a atenção dos turistas pela sua peculiaridade, é a existência de uma enorme gameleira que nasceu sobre as paredes há mais de 30 anos. A copa da árvore cresceu e hoje sobressai das ruínas, enquanto suas raízes desceram pela parede e penetraram no solo. Essa parede, mistura de pedras e raízes, permanece inteira sustentando a árvore. De um lado, a pedra, do outro, a força da vida edificando o monumento. A obra do homem e a natureza abraçaram-se para sobreviver ao desgaste do tempo.
No século XVIII, com as constantes enchentes e febres palúdicas em Guaicuí, a Igreja de Bom Jesus de Matozinhos ficou abandonada. Os moradores procuraram um local mais alto para fixar residência e foram para o vizinho povoado de Porteiras, onde construíram a Igreja de Nossa Senhora de Bom Sucesso, que teve sua opulência até o início do Século XX, quando suas paredes e telhados desabaram. Em 1906, já havia uma vila de pescadores em Guaicuí, onde se deu início a construção da “nova Igreja” Senhor Bom Jesus de Matozinhos, atualmente mantida pela comunidade local.
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